A Esperança


Esperança que me mata.
Dúvidas que me consomem.
Uma espera cruel e obsessiva
por algo que nunca me pertenceu.
A dor que dilacera o meu peito
é a mesma que cura a minha alma.
A aflição é minha melhor companhia.

Evidências desbotadas e irreais,
perspectivas incompreensíveis.
Confio no imprevisível tempo,
à espera de um prodígio vão.
Fecho o mundo ao meu redor
e vivo à sós com a ansiedade.
Naufragado em expectativas fúteis
que, claramente, criei em minha mente.

Esperanças vis, intensa melancolia.
As incertezas que me devoram
nesse abismo enorme de sonhar.
Sinto meu peito se rasgar lentamente...
é a dor de saber que não há,
que não existe e nunca vai se revelar.

Diego Dittrich

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