Assim eu vou...


Nesta via de mão dupla,
carros por todos os lados.
Sem saber pra onde vou,
eu sigo discretamente.
O oposto do perfeito
me atrai ao ser revelado.
A cena, assim, se faz.
Expondo o que não sinto,
fecho meus olhos
pra enxergar o que não vejo.
Um silêncio que se cala
preso na minha garganta,
misturado ao grito contido
que jamais repercutiu.
E assim eu vou...
Incerto por este mundo,
atrasando a hora, sem demora,
marcando passos no escuro.
Em busca do destino certo
que há muito me abandonou.

Diego Dittrich

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