Passo o indicador pela borda da xícara enquanto encaro, impaciente, o enigmático café preto que nela descansa, pronto para ser degustado.
Enquanto tento reorganizar as ideias, meu pensamento atinge um nível profundo de intimidade com meu passado e tenta varrer as lembranças de uma vida serena e prazerosa ao lado teu. Finjo viver um longa-metragem e tento saltar as cenas insossas e medíocres, enquanto rebobino a película de memórias a fim de procurar por algum vestígio do nosso sentimento. Na minha imaginação, o tempo passa sorrateiro e me deprime com extrema facilidade e louvor pelo meu abatimento. Não encontrei a cena em que você partia sem olhar pra trás, esquecendo o porto onde se abrigava. Não me deparo com a cena em que você me conta o motivo de me deixar. Tento devanear a ideia de uma despedida amistosa e um "até logo" proferido por entre seus lábios com a intenção de um dia voltar.
Outro gole do café - agora frio - penetra em minha garganta, avivando os meus sentidos. Venero a incógnita dos nossos atos silenciosos e a liberdade da nossa postura frente a nossa relação. Não encontro uma razão para ter um fim. Não consigo descobrir em que ponto nos enganamos e em que ponto nos entregamos ao fim. Tento me esconder do medo de nunca mais voltar a viver. Tento me libertar desse passado sombrio e devasso para que eu possa seguir em frente. Mas sem a sua presença, tudo se torna obscuro como o café frio e amargo que acabo de sorver por completo. Assim é minha vida... sem você aqui comigo.
Enquanto tento reorganizar as ideias, meu pensamento atinge um nível profundo de intimidade com meu passado e tenta varrer as lembranças de uma vida serena e prazerosa ao lado teu. Finjo viver um longa-metragem e tento saltar as cenas insossas e medíocres, enquanto rebobino a película de memórias a fim de procurar por algum vestígio do nosso sentimento. Na minha imaginação, o tempo passa sorrateiro e me deprime com extrema facilidade e louvor pelo meu abatimento. Não encontrei a cena em que você partia sem olhar pra trás, esquecendo o porto onde se abrigava. Não me deparo com a cena em que você me conta o motivo de me deixar. Tento devanear a ideia de uma despedida amistosa e um "até logo" proferido por entre seus lábios com a intenção de um dia voltar.
Outro gole do café - agora frio - penetra em minha garganta, avivando os meus sentidos. Venero a incógnita dos nossos atos silenciosos e a liberdade da nossa postura frente a nossa relação. Não encontro uma razão para ter um fim. Não consigo descobrir em que ponto nos enganamos e em que ponto nos entregamos ao fim. Tento me esconder do medo de nunca mais voltar a viver. Tento me libertar desse passado sombrio e devasso para que eu possa seguir em frente. Mas sem a sua presença, tudo se torna obscuro como o café frio e amargo que acabo de sorver por completo. Assim é minha vida... sem você aqui comigo.
Por Diego Dittrich
Através de simples palavras, consegue transmitir tanto sentimento!
ResponderExcluirÉ lindo como você usa as poesias e frases para expressar o que espera do amor.
Parabéns SEMPRE pelo blog!!
Ainda bem que voltou a ativa, para nos encantar com lindos textos como esse!!
Post lindo e verdadeiro!
Parabéns Diih!!!!!!!!!!!!
Suas mensagens em cada poema, me tocam. Entendo o quer dizer nas entrelinhas. Esse texto serve pra mim também.
ResponderExcluir"Descobri que é possível viver só, mas um mundo sem verdade" #Fatão.
"Mas sem sua presença, tudo se torna obscuro como o café frio e amargo que acabo por sorver por completo." #fatão também.
tentar renegar o sinto é tentar renegar que vivo.
obrigado por seus poemas que tocam profundamente Dih *-*
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